A crença que motiva

  
Joaquim Augusto S.S. Azevedo Souza*

Em 06 de junho último fomos eleitos para mais um mandato à frente de nosso Sindicato Rural. Embora calejados com a experiência de tantos mandatos já completados, em que cumprimos com a graça de Deus, a nobre missão de bem representar a classe agropecuária de nossa região, sentimo-nos mais uma vez regozijados pela inequívoca demonstração de confiança que nos foi delegada pelos amigos produtores. É sempre um motivo de orgulho e de grande honra, sermos os escolhidos num universo repleto de bons nomes e excelentes produtores rurais, que bem poderiam exercer com igual galhardia esta liderança, para dirigir pelo próximo triênio, os destinos de tão conceituada entidade de representação da classe produtora rural.

Sabemos, entretanto, da grande responsabilidade que recai em nossos ombros. Não só sobre os meus, mas sobre os de todos os demais companheiros que integram a nova diretoria. Aliás, é importante destacarmos que esses abnegados produtores, tanto os que conosco caminharam até aqui, quanto os que continuam nos ajudando a reger o nosso Sindicato Rural, o fazem pelo ideal inerente a aqueles que se dedicam a cuidar e defender os elevados interesses da classe representada, apenas com o intuito de verem frutificar os anseios presentes, em soluções adequadas ao desenvolvimento das lides do dia-a-dia no campo. Lutam a nossa luta, essa luta que é de todo produtor consciente e que quer ver progredir uma agropecuária saudável e pujante, contribuindo sempre, não só para o bem dos que nela trabalham e investem, mas para a construção de um País cada vez melhor para todos os seus filhos.

Dizer do que fizemos e realizamos ao longo de mandatos anteriores, talvez esticasse um pouco mais o elástico desse artigo, o que acreditamos desnecessário e contrário ao nosso pensamento, de deixar ao juízo dos produtores associados o grau de valorização de nosso trabalho. O que efetivamente não poderíamos deixar de lado, à exemplo de tantas iniciativas assumidas pelo conjunto de diretores e companheiros, é o lançamento que fizemos da campanha "Diga não a reserva legal nas terras produtivas", inclusive com a publicação de cartilhas explicativas sobre esta e outras questões ambientais, que pelo próprio pioneirismo, motivou verdadeira batalha pela conservação das áreas em processo produtivo, culminando em retumbante vitória sacramentada no texto do novo código florestal, em capítulo próprio.

Entretanto, por outro lado, infelizmente a falta de conhecimento da maioria sobre a matéria, aliada a demagogia política eleitoreira, à constante pressão de ONGs ambientalistas e à incompetência governamental, levaram à permanência da reserva legal em propriedades particulares, contrariando conceitos vigentes no mundo inteiro e penalizando injustamente aos produtores brasileiros.

Um lamentável retrocesso!

O importante é que não esmorecemos jamais. Continuamos lutando e ajudamos a criar o "Brasil Verde que Alimen